quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sobre Treinamento Funcional



Muito tem se comentado a respeito de treinamento funcional nos últimos tempos. Sinto que as vezes o excesso de informações  oriundas de diferentes fontes, acaba confundindo  a pessoa interessada. Por isso vou aqui expor meu ponto de vista sobre o assunto  e um pouco do método com o qual  trabalho.
O treinamento funcional nem precisaria ter esse nome, pois parte de um princípio que deveria ser comum a toda a prática corporal saudável, ou seja, buscar a maximização das valências físicas (força, resistência, flexibilidade, agilidade, potência) com um treino progressivo e bem orientado. Porém, com a explosão das academias nos anos 90, a preparação física, seja de atletas ou pessoas comuns, passou a ser sinônimo de musculação. Assim diversas máquinas e aparelhos de custo elevado, deixaram o papel do educador físico em segundo plano. O praticante passou  apenas a aprender como operar uma máquina ou estação de musculação, que então passaria a dar limite e função ao gesto motor nele reforçado. Músculos?Sim. Boa aparência física? De forma limitada, mas sim. Força? Sim, e um músculos bem grandes. Mas qual a função desta força? Para que me serve colocar 200kg para cima no leg press, se nunca empurro as minhas pernas para cima.
No treinamento funcional partimos do princípio de que o movimento precisa ser pensado e analisado minuciosamente. Mas não se assuste! Não se trata de uma complexa aula de balé. São exercícios aparentemente simples que exigem consciência e coordenação do corpo inteiro. Pode-se trabalhar de forma dinâmica ou estável (em isometria), dependendo da função de cada articulação, mas sempre com um correto alinhamento do sistema. Mas isso me deixa forte? Isso me põe mais magra? Pode apostar! Treinamento funcional gera sim hipertrofia e queima muito mais gordura do que você imagina. 
Então vamos para um exemplo simples. A função da articulação do joelho é estabilizar o movimento gerado pelo tornozelo e pelo quadril. Na musculação convencional, e isso com o aval e a indicação de muito médicos, o cidadão que precisa reforçar os músculos extensores do joelho se sentam em uma mesa extensora e põe-se a estender a perna para cima com as coxas queimando de dor. Mas esse movimento existe no seu dia-dia? Quando você se lembra de ter forçado a extensão do joelho contra uma resistência para algo útil...até mesmo no esporte? O treinamento funcional troca esse exercício por um agachamento unilateral, também conhecido com “afundo”. No começo vai ser um pouco difícil e talvez você não tenha muito equilíbrio para fazê-lo. E aprender essa ação faz parte do “gol do exercício”. E não, não precisa agachar sobre nada instável,ninguém quer te ensinar a ser equilibrista.Treinamento funcional não é “Circo de Soleil”. Basta uma boa orientação de postura e calma na progressão. Aos poucos o corpo vai re-aprendendo gestos simples que o cotidiano impede de fazê-lo e a carga pode subir. Temos ganho de força, equilíbrio e mobilidade, para um gesto motor útil. É assim, por exemplo, que Cezar Cielo treina. Peso livre, potência através do quadril. Estabilidade de ombro...força na articulação torácica.
E cabem exemplos diversos para outras tantas funções articulares, mas esse texto ficaria longo demais, caso falássemos ainda em abdominais. Por sinal uma das musculaturas mais mal treinadas,  já que vive sendo utilizada para flexionar o tronco (abdominais ) quando tem real função de deixá-lo ereto.
Então se quiser experimentar um treino divertido, desafiador, forte e bem orientado, passa lá no Estúdio Pretto - Treinamento Funcional, Rua Comendador Caminha 344. São aulas em pequenos grupos, com orientação constante do professor, em frente ao Parcão. 
Seu corpo e sua mente vão agradecer a gama de possibilidades que este treinamento trás. E o treinamento passará a proporcionar qualidade de vida e saúde, além daqueles quilinhos a menos e um sistema corporal mais inteligente e forte.